Palavras a Meia-Luz

Sinuosamente,

Pego-me em vagares

Flamantes feito bandeiras

Aos ventos de narciso!

No birô,

A penumbra,

O papel sem cor...

Pela sombra o estro

Detalhando fulgores,

Flores em botão,

Levitas canções!

Insólito,

Abro-me em pensares

Sublime como a onda banhado a pedra,

Navegante das ilusões!

Na noite,

A neblina densa

A pena aguardando o rabisco...

Pelas entrelinhas

A ferida pulsando,

Compassando lágrimas,

Luzes em lá,

Divinas Constelações!

Afortunado,

Guio-me pelas letras do Mestre,

Sutil feito purpurina

Dançando pela bruma!

Pela madrugada

A candura renasceu

O tinteiro ganhou vida...

Pelo luar violado,

A viagem da alma

Migrando em devaneios

Lúdicos a compreensão

Do amor e suas conjugações!

Instrumentado,

Lanço-me ao destino

Sonhando como profeta,

Caminhado pela simplicidade!

Auber Fioravante Júnior

01/07/2010

Porto Alegre - RS