Anjos e demônios

Anjos e demônios, manicômios vivos, insanos sonhos.

Anjos e demônios, fastamas medonhos, enfadonhos...

Eu vou correr os campos verdes, as campinas, as relvas,

eu vou perambular nas nuvens, eu e minhas agruras.

Anjos e demônios, fenômenos de uma vida de incertezas.

Dores de parto, dores de amores, dores das dores...

Meus medos e infortúnios, meus dias de menino com medo.

Cresci, e não teve jeito, anjos e demônios também cresceram....

Me assombram, me atormentam, me consomem....

São respostas que não tenho, são buscas que não alcançarei.

Anjos sem asas livres, demônios de asas tortas.

Voos, marcas, anjos.

Anjos e demônios de mim, para mim.

Marcas, lembranças, demônios.

Cicatrizes da alma, lembranças que ferem, mortes que curam.

Anjos sem rezas, demônios sem cores, pretos.

Brancos, fardos, pesos, dores...

Apenas anjos, apenas demônios.

Apenas eu.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 29/06/2010
Reeditado em 24/03/2011
Código do texto: T2348263
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