MEUS DOIS AMORES
Quando em uma delas estou
Penso na outra que ficou lá, longe,
E não sei qual das duas
É a preferida por mim.
Ambas são belas, belíssimas
Digo com verdadeiro fervor,
Com isto não sei a qual delas
Consagro maior amor.
O que sei é que um dia
Meu coração pulsou duplamente
Pela cidade de cá e a cidade de lá,
E lágrimas rolam dos meus olhos
Se de uma delas preciso me afastar.
Tenho a alma embevecida, apaixonada,
Em êxtase sublime por estas meninas
Que me fazem de amor sofrer.
O quê faço, meu Deus,
Com este duplo bem-querer?
Será meu coração tão volúvel,
Incapaz de decidir
Se ama a nordestina Itabaiana
Ou a Santos paulistana?
Por isso, quando eu partir,
Deixarei como herança minhas cinzas:
Metade para a Santos praiana;
Metade para a bela Itabaiana.
21/06/10