"" A ESTRADA ""
Ela nos leva por caminhos de flores...
retornos saudosos de amores,
onde há rostos felizes
a chorar por quem voltou...
É o inicio da jornada
pra onde quer que se vá,
é a linha tortuosa do viajante sem lar...
É longa e arteriosa,
distante e tenebrosa
infestada de segredos,
pode ser também curtinha
muito embora tão pertinha
ela guarda a solidão...
É mulher linda e folgosa
que pode ser perigosa
quando chega a escuridão...
É o caminho da fartura
por onde viaja o grão,
é a distância que separa
a cidade do mar e o sertão,
por ela passa a riqueza
do que se come na mesa
divisas de cobre e nobreza
por ela caminha a nação...
Ela é feita de pedra,
barro batido, pixe ou concreto,
muitas delas leva o ferro
e tempo na construção...
É gueixa impiedosa,
não perdoa nossos erros...
Por isso ao entrar nela
melhor mesmo é ter cautela,
prudência e muito respeito...
A tristeza passa nela
melancolia e solidão,
mais não deixa de ser desejada
por muitos até amada
é o sonho de um caminhão...
Ela cruza os caminhos
une dois pontos distantes,
não respeita obstáculos...
Corta a nação ponta a ponta,
do leste ao oeste desponta
num reto e curvo traçado.
O homem a projetou
passando no chão um corte
usou o seu braço forte
juntou o sul com o norte
uniu o mar ao sertão...
Muitos que nela embarcaram,
não lhes foi permitido voltar,
não por um simples acaso
ou uma questão de azar.
Foi por falta de respeito
de dar a devida atenção,
ela tem parte com o cão
e leva quem vacilar...
Ela é o velho caminho,
caminho de ir e voltar,
e o caminho da partida
é o caminho de regressar...
Por ela vai a pobreza
e também vai a riqueza,
vai quem quiser caminhar.
Ela é negra e sombria
mais pode ser amistosa
pra quem dela souber cuidar.
Ela está em nossas vidas
não tem como a evitar,
ninguém sabe bem ao certo
onde que ela vai dar.
Ela guarda seus segredos
segredos de vida e de morte
segredos de saber chegar...
É a prisão do viajante
é o caminho do errante
num eterno ir e voltar...
Dedico esta poesia àquelas pessoas
que ficaram na estrada por qualquer
motivo que seja, bem como àquelas outras
que perderam os seus nas estradas
deste país
AMOuRa
Ela nos leva por caminhos de flores...
retornos saudosos de amores,
onde há rostos felizes
a chorar por quem voltou...
É o inicio da jornada
pra onde quer que se vá,
é a linha tortuosa do viajante sem lar...
É longa e arteriosa,
distante e tenebrosa
infestada de segredos,
pode ser também curtinha
muito embora tão pertinha
ela guarda a solidão...
É mulher linda e folgosa
que pode ser perigosa
quando chega a escuridão...
É o caminho da fartura
por onde viaja o grão,
é a distância que separa
a cidade do mar e o sertão,
por ela passa a riqueza
do que se come na mesa
divisas de cobre e nobreza
por ela caminha a nação...
Ela é feita de pedra,
barro batido, pixe ou concreto,
muitas delas leva o ferro
e tempo na construção...
É gueixa impiedosa,
não perdoa nossos erros...
Por isso ao entrar nela
melhor mesmo é ter cautela,
prudência e muito respeito...
A tristeza passa nela
melancolia e solidão,
mais não deixa de ser desejada
por muitos até amada
é o sonho de um caminhão...
Ela cruza os caminhos
une dois pontos distantes,
não respeita obstáculos...
Corta a nação ponta a ponta,
do leste ao oeste desponta
num reto e curvo traçado.
O homem a projetou
passando no chão um corte
usou o seu braço forte
juntou o sul com o norte
uniu o mar ao sertão...
Muitos que nela embarcaram,
não lhes foi permitido voltar,
não por um simples acaso
ou uma questão de azar.
Foi por falta de respeito
de dar a devida atenção,
ela tem parte com o cão
e leva quem vacilar...
Ela é o velho caminho,
caminho de ir e voltar,
e o caminho da partida
é o caminho de regressar...
Por ela vai a pobreza
e também vai a riqueza,
vai quem quiser caminhar.
Ela é negra e sombria
mais pode ser amistosa
pra quem dela souber cuidar.
Ela está em nossas vidas
não tem como a evitar,
ninguém sabe bem ao certo
onde que ela vai dar.
Ela guarda seus segredos
segredos de vida e de morte
segredos de saber chegar...
É a prisão do viajante
é o caminho do errante
num eterno ir e voltar...
Dedico esta poesia àquelas pessoas
que ficaram na estrada por qualquer
motivo que seja, bem como àquelas outras
que perderam os seus nas estradas
deste país
AMOuRa