Meditava...


Mal a viu, correu...
Passos largos sobre a argila,
chão forrado, folhas ressequidas
sob pés ansiosos de céu, integração...
Natureza bucólica olhava
tarde vestida de luz,
(só vendo pra crer)
acolhendo prenúncios da noite,
céu rubro espalhava
todo o rosa que anuia,
fechando pro anoitecer.

Calada, em silêncio absorvia
em cada prece que o verde murmurava,
o som do fio de água que corria.
E ondulava,
em energia propagada,
Meditava...
Um bailado de aves livres
festejando a despedida do dia.
Coaxar de rãs se assomava,
coral compondo som, ar e água.

E apontou a Dalva, primeira estrela,
e a segunda e a terceira,
até a sétima aparecer.
Diluindo em mim, em nós,
a saudade/eternidade
do Belo de todo ser...
Tudo se fez...