Apenas por esta noite

Apenas por esta noite

Eu poderia te declamar todos os meus poemas

E escrever em tua pele, todos os meus desejos

Apagaria as sombras que insistes em ver

Iluminando um futuro a se viver

Apenas esta noite, sentaríamos na estrada

Olharíamos gentilmente as estrelas

Falaríamos de Andrômeda e dos templários

Sorriríamos como crianças ao vê-los

Apenas por esta noite, eu te seria

A dama de teus sonhos passageiros

Retornaríamos aos anos já distantes

Vestidos de cetim tão rarefeitos

Apenas uma vez eu te perdoo

E ai, este perdão vira estandarte

Não sou teu carnaval, posto sou arte

E a arte se renova todo dia

Apenas uma noite, nada mais

Olhar em teus olhos, sem meus véus

Dizer-te do que sinto, do que choro...

Ensinar-te como agir, aonde pisar

E ai quem sabe, ao fim do ultimo verso

Quem sabe eu apagasse esta lembrança

Mudando de adeus, ultimo risco

Para a eternidade de um poema em dança

Com reticências a findar...num riso.

Márcia Poesia de Sá -26.05.2010

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 07/06/2010
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