GUERRA E PAZ (os dias e as noites)
As casas tinham a laje fria
E nelas, envoltas em floras amarelas
Não havia portas, e nem janelas havia
Nos galhos, blindados de cristais
Namoravam, a sós, um belo par de cotovias
E dele, o som que inda se ouvia no entardecer lilás
A cor do dia agonizava o éter do infinito inda sem luzes
E ao passo que contra o infalível breu perdia inglória luta
O negro véu vencia impávido, o conflito, anjos, almas e cruzes
MARCANTE, Alexandre – 02 de junho de 1987.
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