Marolas

Entre anseios e martírios

O amor cresce e se fortalece

Da sublime savana que das tuas pernas emana

Eu me embriago e trago teus odores

Seu riso fraco, encabulado e descrente!

Que eu, esse ser somente...

Como demente te liberto dos pudores

Entre batalhas travadas no ego

Não mais te renego, és minha dona...

Dona desses desejos carnais

E nesse cio que me enfio sucintamente

Um bicho outrora pudico

Agora vibrando num gozo lúdico

Profano seu paraíso de desejos

Culminando num sangrento beijo

Vislumbro que sou eu somente

Quem te enternece nesses arroubos

Que a loucura de nossos corpos desfalecidos

Não comprometa nossa sanidade

Pois eu nessa minha tenra idade

Já não sei mais o que estou fazendo

E pouco a pouco o dia amanhecendo

Desperta nossa vã realidade