Tu vens
Tu vens
Assim quase como quem não sabe se chega ou se volta
se abraça ou empurra...se deixa, se foge
Chega assim indeciso quase arisco, como bicho
Voce olha e tira a vista...
encara e baixa o olhar...deixa-o vagar
mas te olho com ternura e compreendo tua loucura
e te deixo acalmar...
Você assusta ainda mais não quer toda essa paz e foge de vez...
corre serras e abismos...voa alto e despenca
se quebra todo no vento...se desfaz e chora!
Volta sem querer voltar..olha sem querer olhar
busca sem saber como...inquieto coração grita
e você destoa seus sons...acostumado estava ao vazio
Enquanto sinto o vento em meus cabelos
e meu olhar te observa calmo
numa ternura infinita de quem sabe esperar...
enquanto você...
Deita em um cobertor de folhas e aguarda...
pois você foge sem saber pra onde
grita sem saber do que
chora pelo que nem sabe
e....
perde sem saber ...
que ama sem querer...
Márcia Poesia de Sa