Adeus Madri, Adeus

E no sétimo dia descansou?

Já na alvorada do oitavo

O mundo tornou-se uma fábrica

De humanos robóticos no piloto automático.

Juventude quem, vindo a florescer desta maneira

Refletida nesta humanidade nada profunda,

Resumida em sentir apenas pela superfície dos olhos,

E deixar calar a melodia eclodida do coração?

Pois, para mim quem cala consente,

E o que tão somente os olhos vêem

O coração nada sente,

Tornado cegos os que na verdade enxergavam.

Adeus Madri dos tempos negros e loucos.

Não faço mais parte dos teus brinquedos de porcelana,

Despeço-me deste tipo de vida oblíqua, terrível e bela,

Porque encaminha tal bosque das belezas a fins macabros.

Basta às águas profundas e malignas,

Transforma este ramo de máscaras nimbo

Em outras freqüências de um truão minuano,

Nem mesmo que os sete mares enfrentem a ira do bicho de sete cabeças.

O coração não vê o que os olhos sentem,

Os olhos consentem o que o coração não vê

Pois o coração pressente no que os olhos mentem,

Num adeus Madri, adeus.