O ziguezaguear das águas

Toda água corrente sugere intimidade...

Coloco meu pensamento a andar sobre o rio

que ziguezagueando vai seguindo seu rumo.

Não existe caminho difícil,

não são fontes de lágrimas, somente vida...

O marulho da águas

é a canção que seduz o velejador.

O estrugir das ondas é o véu

Que cobre o corpo da sereia.

A vida brota da fonte que jorra.

Por que o homem que vive entre a terra e o céu

é a ingrata criatura, que não preserva

seu próprio santuário?

Águas doces, mansas.

Igarapés, lagoas santas, espelhos da lua.

Águas puras, que tem espumas.

Águas profundas que guarda segredos.

Correm meigas, feitas crianças.

Caminho da natureza traz a rara beleza,

das águas cheirosas, branquinhas e gostosas,

matando a sede desta humanidade inconseqüente...

bette vittorino
Enviado por bette vittorino em 21/08/2006
Código do texto: T222166
Classificação de conteúdo: seguro