Dança na floresta

Encontrava-me em mais um dia como tantos outros

Caminhando livre entre árvores e flores

Sem pensar em nada e tudo simultaneamente

Ah! A alegria de por momentos viajar livremente

Tocada pelos simples prazeres

Como o aconchegante abraço do Sol e vejo então doces potros

Tal como eu disfrutando das simples circustâncias

De um caloroso dia de Primavera e sem instâncias

Rodeiam-me agora sem medos, seres curiosos

Observando-me com aqueles penetrantes olhos castanhos

Sem quaisquer vestígios de vícios maldosos

Sem qualquer traço de sob humanos tratos

Livres no seu pequeno recanto sem objectivos tamanhos

Apenas sentir, sobreviver, pocriar sem contractos

às vezes gostava de por momentos como eles ser

Nefasto este humano mundo é-o tantas vezes

Que cada segundo que tenho a sorte das cidades me afastar

Agradeço a Deus por ainda assim me presentear

Com pequenas alegrias já tantas vezes esquecidas

São as horas de maiores alegrias e é nesses

Pequenos momentos que sou eu e puramente eu

É nas horas de silêncio e solidão que se torna meu

Este espírito que habita-me e cresce

Por isso danço loucamente até poderia-se mesmo dizer

Pisando flores e folhas no húmido chão da floresta

O corpo não contesta

Muito pelo contrário, pede mais, quer viver!

E então o sol desce

É agora já hora do branco luar

Saio da floresta e vejo-me percorrer

A húmida e fria areia branca à beira Mar

Fria mas tão reconfortante de sentir e ver

Deito-me nela e fico assim, simplesmente a observar

A imensidão de estrelas para as quais um dia vou voltar.

Mafalda Sanches

Mafalda Sanches
Enviado por Mafalda Sanches em 08/04/2010
Código do texto: T2184397
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