Orvalho

Caminho. É uma manhã fresca.

O relógio de pulseira

amarela marca 7h05.

Pássaros,

sobre cabos elétricos,

verificam com os bicos

suas penas antes das horas

que voarão entre o instante

do nascer do sol e o

do seu ocaso.

Sinto o frescor do vento

calmo que encontra minha

pele e amaina o calor do

corpo agasalhado.

À esquerda, início do

leve declive da avenida,

grilos, produzem, acobertados pelas

folhas, sons musicais

através das nervuras

de sua asas.

Olho a relva

agradavelmente drapejada

com folhas umedecidas.

Cada peça floral da pétala

já desperta com a irradiação

dos primeiros raios de sol;

Flores pronunciam aromas

juvenis para mais uma reestreia.

Presa por várias folhas,

a diminuta teia de aranha,

com seus fios entrelaçados e

atados na horizontal,

conserva sobre si pontinhos diáfanos

de orvalho que a noite borrifou.

Odacardo
Enviado por Odacardo em 08/04/2010
Reeditado em 17/08/2010
Código do texto: T2184386
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