MARRONS DO OUTONO

MARRONS DO OUTONO.

*

Entre os marrons, primeiros deste outono

Nos tons e sons, eu sinto o velho anseio

As folhas que caíram no abandono...

Mudaram a paisagem sem receio.

Meu canto é a liberdade que almejo,

na plenitude viva... me refaço,

transformo o vento frio em um desejo

cinzentos tons se ocultam no espaço.

Entre os marrons do outono vejo vida

por entre as folhas mortas cato as cores,

que seja uma centelha renascida,

que seja a expressão de meus amores.

E já não há marrons feios, tristonhos,

consigo contemplar luz e beleza,

renasce em força o verso que componho,

na face multicor da natureza.

Encontro nesses tons marrons amigos

o cheiro novo... outono renascido

deixando para trás choros antigos,

passeio no presente acontecido.

E fica no passado o tom escuro...

que entre as folhas mortas descobri,

brotaram forças e meu verso puro...

dos tons marrons meu sonho recolhi.

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 02/04/2010
Reeditado em 23/03/2013
Código do texto: T2173493
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