Contando o Tempo
Quantos segundos terei que ver morrer, sentado
Contando os carros que passam do outro lado da rodovia?
Maldito destino, que colocou-me deste lado
Ao invés de deixar-me guiar por aí
Aliás, maldito de mim que deixei que esse fosse meu destino
Agora o tempo deve caçoar de mim
Oh tempo, que fere meu orgulho
Que esconde meus sorrisos numa esquina qualquer
E no canto do vento, faz coro uníssono:
- Sois sol, sois luz, sois tão previsível
Que sei que amanhã te encontrarei, novamente
Ainda que as nuvens te escondam entre branco e cinza.