Sob o véu da Madrugada
Noite de névoas, vento vaza a janela
Levando cortinas aos mandos
Do que entra e sai com os prantos.
Na esquina
Traços de uma menina
Que desaba suas mágoas
Frente ao poste de tantas sortes
Que domina e humilha
Pedra de histórias que se vão em vão.
Paralelepípedos calçadas
Tempo leva e traz madrugadas
Que se distingue de outras
Idêntica a tantas
Cobertas pelo véu da noite
Repleta de véus de noivas
Que ficam na estrada
Da Madrugada.