SORTIDOS

Verdes que pela imagem refletida há uma distorção

Azul do límpido Cruzeiro no sul do Coração

O vermelho de o amor jorrar subitamente pela janela da alma

Brancura de um céu de uma cor que acalma;

Cores que pintam a vida numa folha branca e vazia

Flores que enfeitam o jardim do caminho de casa

Vão destruindo toda palavra triste e fria

Como quem apaga o fogo, jogando água na brasa;

Borboletas cheias de vida e cores

Tão belas como as rosas amarelas

Como verdadeiros amores

Que surgiram das aquarelas;

Cardumes e corais

De tão coloridos

N’água como cristais

Sortidos.

Júnio Dâmaso
Enviado por Júnio Dâmaso em 24/03/2010
Reeditado em 03/04/2018
Código do texto: T2156526
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