Longe de Clara.
Tristes palavras cravadas no peito
Deste doente e fracassado homem,
Dores muitas vezes ambivalentes:
Olhos que padecem e agora somem.
Quanto tempo passado nos separa?
Eu, você, somos ainda almas eternas.
Por onde aqui, sozinho, amada Clara,
Encontrar-te-ei se em meu peito hibernas?
As folhas já caem nesta primavera,
Os pássaros com medo se escondem
Deste homem capaz de chorar por eras.
Pobre de mim sem minha amada Clara:
Muita dor e saudades me consomem.
Nem divinos braços sei que me amparam.