Longe de Clara.

Tristes palavras cravadas no peito

Deste doente e fracassado homem,

Dores muitas vezes ambivalentes:

Olhos que padecem e agora somem.

Quanto tempo passado nos separa?

Eu, você, somos ainda almas eternas.

Por onde aqui, sozinho, amada Clara,

Encontrar-te-ei se em meu peito hibernas?

As folhas já caem nesta primavera,

Os pássaros com medo se escondem

Deste homem capaz de chorar por eras.

Pobre de mim sem minha amada Clara:

Muita dor e saudades me consomem.

Nem divinos braços sei que me amparam.

Gabriel Dorio
Enviado por Gabriel Dorio em 15/03/2010
Reeditado em 17/09/2015
Código do texto: T2138907
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