RECORDAR TAMBÉM É VIVER...!



Saudades da minha terra
Que em meu peito encerra
O teu nome varonil...!
O teu rio tão caudaloso
Em que o vento gostoso
Varre o lindo céu de anil...!
Tuas matas verdejantes
Os passaredos cantantes
A versejar o amor
Trazem lembranças fagueiras
Dos banhos nas cachoeiras
Enquanto o sol não se por...!
Hoje distante de lá
Não ouço o sabiá
Que me acordava cedinho...
Guardo lembranças até
Do cheirinho do café
Preparado com carinho...!
Mamãe em seu avental
Varria o nosso quintal
No chão batido de terra...
Fogão a lenha aquentando
Feijão do bom cozinhando...!
Roldana do poço emperra...
Água fresquinha e sadia
Balde cantando subia
Pr´á saciar minha sede...!]
Depois do almoço gostoso
O corpo, então, preguiçoso
Estirava em minha rede...!
Dias da minha infância
Que não me saem da lembrança
De tanta felicidade...!
Hoje... em volta só prédio...!
Que me dá angústia e tédio
Na minha maturidade...!