Sublime Negritude
Durante a afável monotonia
Que me corrói me come
Que me faz nesse dia
Uma noite de homem
Homem sem lucidez
Embriagado com sua própria vontade
Envenenado com sua estupidez
Morrendo na ignorância
De uma vida bela
Sei que meus olhos incendeiam
Como a lua incendeia a noite
A noite sublime, ela
Faz-me um lúcido transtornado
Engasgado com minhas perguntas
De um ser atrasado
Perto de você
Homogênea negritude
Estou a me perder
Nas duvidas de um ser
Noite devasta rude
A qualquer insanidade
De nos humanos tortos
Ingênuos capazes
Comparado a sua idade
Somos o pó que sobrou
Quando o cosmo
Lhe pintou
Somos a sombra que sol faz
Quando estiver a perecer
Da vermelhidão dos céus
Do sangue ao qual o sol morre
E você negra negritude
Vêm a permanecer