Se (para nunca mais)
Se antes eram muito mais verdades
hoje podem ser mentiras e vaidades
não importa o que ficou
entre medos, refúgios ou entregas
entre outonos, verões e primaveras
fantasias, sonhos, melodias
tudo a ver com a vida fugidia
de um tempo que passou
seguimos nossos próprios passos
sou apenas parte de pedaços
do que poderia ter sido e não vingou
caminho sobre passos lentos
inda resta sim algum tormento
que ora vai se indo
importa mesmo toda a fantasia
sonhos, esperas, questionamentos
longos silêncios e afastamentos
contra-mão da poesia
sentimentos etéreos e humanos
versejando, iludindo e cantando
seguimos nossos ideais
para sempre ficam registrados
discórdias , doces palavreados
dores , prazeres
sentimentos não nomeados
desencontros arquivados
Tudo encerrado num
arquivo-morto
bem guardado
Para nunca mais
(2003- reformada 07-08-06)