OLHAR RASANTE
Seminu, ando pelas fímbrias da
calcinha de renda da
minha bela Praia de Iracema
Movo-me por seu espinhaço de concreto
um sorvete de carne
derretendo-se em gotas salgadas
Velas brancas no bolo azul
tocos de jangadas à vista
parecem lagostas fritas
Velho pescador pensa
sua rede rasgada por pargos,
mariquitas em saltos libidinosos
Coqueiros
moinhos de pás verdes
sussurram ventanias
Castanholeiras trajam vestidos de
gala com lustrosos retalhos
em verde-amarelo-rubro
Nativas descalças
sacodem nádegas equilibradas
no fio da tanga.
Seminu, ando pelas fímbrias da
calcinha de renda da
minha bela Praia de Iracema
Movo-me por seu espinhaço de concreto
um sorvete de carne
derretendo-se em gotas salgadas
Velas brancas no bolo azul
tocos de jangadas à vista
parecem lagostas fritas
Velho pescador pensa
sua rede rasgada por pargos,
mariquitas em saltos libidinosos
Coqueiros
moinhos de pás verdes
sussurram ventanias
Castanholeiras trajam vestidos de
gala com lustrosos retalhos
em verde-amarelo-rubro
Nativas descalças
sacodem nádegas equilibradas
no fio da tanga.