Ares novos
Numa concepção comum do que é sadio,
Ando, vagaroso, rumo ao meu religioso descanso.
Tudo fica para trás. Há apenas meu nervo manso.
Unindo o útil ao conveniente, jazido no chão vazio.
Raros espasmos urbanos me circundam agora.
Este lar não supre a gana mas me abriga da exaustão.
Zumbindo tranquilidade, me elevo ao nível da solidão.
Algum dia verei a cor da fumaça de quem chora?
Catorze passados e cinco metas, mas,no fim, eu renasço.
Não sei mais praguejar e nem ao menos o porquê das coisas.
A cada vida que passa o vento maltrata menos as rosas.
Hoje sei o valor do alicerce de aço.