Tem dias
Tem dias que adormeço sem seu colo.
E sinto o cheiro suave dos tempos de devaneios.
O calor dos ombros carinhosos,
Respira entre os seios e a temperança.
O sono vem das sombras e atravessam as paisagens.
No tempo de trem e apitos nas estações,
Os caminhos de espera e transportes humanos,
São de difíceis correspondências e nublam a memória.
O estreito passo de rochedos correm ao alcance do medo.
A trilha não é segura, mas o vôo é alto.
O precipício é olhar ao horizonte seguindo os pássaros ao léu.
Adormeci no sabor da passagem e presencio a sua proteção.
O homem realiza desejos em sonhos.
Cedendo a paixão e a vontade,
Pude amar-te mais uma vez.