Ó velho e portentoso negrilho,
Carcomido pelo tempo que passou,
Guardião de tão nobres pecadilhos
Sussurrados pela voz de quem amou.
Ulmeiro onde os pássaros fazem ninho
Com o carinho que a Natureza dotou,
Também dás sombra ao cansado andarilho,
Que do árduo trabalho retornou.
Do alto da praça, imponente,
Dás conta dos mexericos,
Vês uma estrela cadente
Numa noite de fuxicos.
E logo ao romper da aurora
A teus pés se vai sentar
Aquela gente censora
Que a turba quer acirrar.
Ouves o bem e o mal
Nessa aldeia de Formil,
Poderia ser em Rabal,
Ambas são de encantos mil.