Ó velho e portentoso negrilho,
Carcomido pelo tempo que passou,
Guardião de tão nobres pecadilhos
Sussurrados pela voz de quem amou.
 
Ulmeiro onde os pássaros fazem ninho
Com o carinho que a Natureza dotou,
Também dás sombra ao cansado andarilho,
Que do árduo trabalho retornou.
 
Do alto da praça, imponente,
Dás conta dos mexericos,
Vês uma estrela cadente
Numa noite de fuxicos.
 
E logo ao romper da aurora
A teus pés se vai sentar
Aquela gente censora
Que a turba quer acirrar.
 
Ouves o bem e o mal
Nessa aldeia de Formil,
Poderia ser em Rabal,
Ambas são de encantos mil.
J D Lima Oliveira
Enviado por J D Lima Oliveira em 12/01/2010
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