Móbile de Paz..
 
Pela janela, toda ela acortinada e bela,
vidraça azulada integra o tempo..
Poético espaço de avó...Outras eras...
 
Flutuam...fiapos de nuvens gordas, fofas, macias,
líricas horas de poesia...e descanso...
Sonhos divagam, se deliciam...
E a cadeira de palha nem é de balanço...
só diálogo, solidão e espera...
 
Longe, verdes plagas verdejantes,
compõem olhares e versos cantantes.
Brota esperança, certezas de nada,
Nascem flores, saudade e beleza
que falam de amores.
Ressoa o assoalho na alma do chão,
nascido e pisado em leveza...
Levita suave delicadeza...
 
De estrelas, um móbile canta,
tilinta, ecos de etenidade...
Em busca de Integração...
 
Gaiô.