ESTRELAS DO POETA

Da cor que se vê o céu

Vê-se a cor das estrelas

Estrelas de quinta grandeza

E outras singelezas mil

A iluminar os quintais

A cantar nos festivais

Feitos por amor e dor

Há estrelas voadoras

Paradas estrelas

Estrelas que iluminam a

Verdade da idolatria

e a abóboda celeste

Que está naquele que

primeiro se ama

Mas o que seria uma estrela?

Fulgente, fugidia

longínqua e perdida?

é sinal e glória?

é luz e história?

Um arco-íris noturno

a desmembrar o

Céu em anos luzes?

Um mar de servidão

A iluminar planetas e satélites

E se deixar iluminar

Entre milhões de solidões?

Não e não!

Diriam em seu brilho fulgaz

Repare

Sou estrela nas respostas

que navega em versos e vocábulos

O que seriam das estrelas encantadoras

das palavras que germinam?

Outros ares contraditórios?

que navegam nas mentes do escritor?

Tinteiro e ou novo teclado

Vivemos de palavras

Vivemos de estrelas escolhidas

Que salgam

as páginas do papel

Que conhece a densidade

Menor do que do ar

Estrelar,

que é princípio

do mundo e

um buraco negro

que o trovador evita

em emoção extinta

Estrelas são o susto percebido

Quando o rabisco não fica contido

Nas veias dos sonhos inauditos.

bhz, 05 de janeiro de 2010

homengagem aos 9 anos do falecimento do meu pai...

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 07/01/2010
Reeditado em 25/11/2011
Código do texto: T2015313
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.