Saudade
O meu Deus, se eu pudesse
Ao tempo passado voltar
O lago encanto rever
Da minha terra querida.
De novo o chão pisar
Por entre campos e serras
Pirilampos seguir
No meu estimado sertão.
Ansiara ver o ocaso de meu remoto horizonte
Da fonte tomar a água que não consigo esquecer
Ficar no meu verde espaço
Colorido da esperança de minha alma criança
Que talvez eu não consiga rever.
Estranha é essa vida
Cruel é o meu destino
Que me traz sonho de menino
Encravado no coração.
Só restam meigas lembranças
Que comigo sempre carrego
A alma logo se apaga
Numa brisa fria, vento forte de ilusão
No alvorecer perfumado do meu amado sertão
Os bons tempos da vida
Que muito longe se vão o meu grande pesar
É um retorno ao passado num livro bem explicado
Com a força da emoção.