Marcas do tempo

Na honra de alegria,

Não são as rugas as marcas

De um passado?

Como também a sabedoria,

De ter bem vivido os bons tempos.

E na bondade... Uma norma simples,

Inerte da alma de quem a tem.

O agasalhando dos tempos...

Dando sombra e consolo

Aos que padecem!

Olha estas velhas rugas em ti,

Do que outras moças haverão de ter,

Tanto mais fortes quanto mais anosas.

Perpétuas de uma idade,

Do bem viver!

A mocidade é uma questão de tempo!

Envelhecer é um rito de sabedoria...

Como os cedros das várzeas, encanecidos!

Às sombras deles, tu verás...

Livre do avaro, da faina e da agonia.

Teus galhos farfalharem, abrigando as solfas.

Dos amanheceres em amores...

Das aves cantadeiras pra o dia alegrar!

Suvalar
Enviado por Suvalar em 02/01/2010
Reeditado em 02/01/2010
Código do texto: T2007587