Marcas do tempo
Na honra de alegria,
Não são as rugas as marcas
De um passado?
Como também a sabedoria,
De ter bem vivido os bons tempos.
E na bondade... Uma norma simples,
Inerte da alma de quem a tem.
O agasalhando dos tempos...
Dando sombra e consolo
Aos que padecem!
Olha estas velhas rugas em ti,
Do que outras moças haverão de ter,
Tanto mais fortes quanto mais anosas.
Perpétuas de uma idade,
Do bem viver!
A mocidade é uma questão de tempo!
Envelhecer é um rito de sabedoria...
Como os cedros das várzeas, encanecidos!
Às sombras deles, tu verás...
Livre do avaro, da faina e da agonia.
Teus galhos farfalharem, abrigando as solfas.
Dos amanheceres em amores...
Das aves cantadeiras pra o dia alegrar!