Nonsence
Permitirás que
As flores do campo
Deixem-se cair sem sentido, luxuriosas?
A abonança do enforcado,
A jura do apaixonado suicida,
O prédio que trancou a angustia
E semeou no pensamento,
Vingança contra si mesmo.
Justificadas sentenças
Penetram nas mentes indiscretas
Dos energúmenos medíocres.
Não pode existir um passado que
perdure por um segundo,
nem futuro que nao se deixe
de realizar pelas horas.
há ciclos eternos,
outros finitos.
Há canções que se agravam
E outras que nem os loucos
Decoram a melodia.
Não deixam de existir
Sentimentos falsos, confusos e verdadeiros.
Existem ainda,
Ditaduras particulares,
De seres para seres.
Regras que não estavam no texto da vida.
Há atos e palavras
Que marcam e não dissolvem,
Pois o corpo absorve o sofrimento,
Como papel penetrado por tinta.
Algumas cruzes são pesadas,
Mas não impossíveis de se carregar.
Algumas letras são complexas,
Mas são mais simples do que números.
Alguns não lêem,
Não falam,
Não cheiram,
Outros não respiram
E os que restaram, são só cinzas.