MÃOS LAVRADORAS

MÃOS LAVRADORAS

Tuas mãos que tantas cousas

Fizeram, não partiram

Em rumo das grandes feitas,

Nem mesmo quando tu aceitas.

O trabalho delas não é desigual,

São comandadas pelo mesmo aval,

Sinal da organização cerebral,

E da atenção dos órgãos.

Não despreze seus movimentos,

E não se entregue ao pranto frio,

Desses homens avarentos

Que expressam muito feitio.

Não.

Eles sabem ou não sabem

Se vão saber não sei

Não sei se elas sabem.

Deixem-nas à vontade,

Sem força ou ditadura,

Se surgir envergadura

Tudo bem.

Elas sabem fazer...

O traçar, a colher e partir,

Não desprezam o lavrador,

Que as usam para plantar o amor.

PROPOSTAS. Edinaldo Formiga. São Paulo: 01/12/09.

Edinaldo Formiga
Enviado por Edinaldo Formiga em 31/12/2009
Código do texto: T2004091
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