COMO HOMEM, COMO MENINO, COMO A VIDA QUER
Quando deixei a pequena fonte de luz
Escorrer pelas falhas em minhas mãos
Eu caí sobre meus joelhos calejados e gritei como nunca havia gritado
Sabe, minha garganta não é eterna
Apesar das palavras terem o espírito imortal
Entretanto, como homem, sei dos limites
A luz se foi junto com o calor
E eu não estou tão forte para perde-los dessa maneira
Como homem, me sinto um menino perdido e sozinho
E toda sabedoria que julguei possuir
De nada me adiantou e em nada me ajudou
Pois a verdade se experimenta, a verdade não se impõe
Como menino chorei e chamei pela minha mãe
Ela veio e como mãe, me fez sentir um homem
O destino ainda bate a porta, foi o que ela me disse
Criar outros valores preenche o vácuo emocional
Crer é uma questão de tentar e provar
Viver é uma arte abstrata, entende quem pinta, aprecia quem quer...