Casulo de Sangue
Sou um inseto asqueroso
A caminhar pela pele desta vasta
Imensidão, meu homicídio culposo.
Sou um casulo que regozija pasta,
A ninhada da cópula perpétua
O manto impuro, opérculo, minha casta.
Hoje é só esperar crescer esta fécula
E os fios de sangue tecer a mim, leproso,
Ao parasitar-me diante de tua sépala
Minha navalha gélida, corte doloso!