Caçador de Mito e Flora
Toda vez que a noite cai
E os lobisomens levantam os corpos,
Reverenciando a morte
E fazendo continência à treva,
Eu tomo meu chá tranqüilo
Nos barris amargos de uma taberna,
Com uma bala de prata na gulha,
E uma flor-de-liz no metal cardíaco.
Toda vez que a donzela perambula,
E os vampiros vão ao aroma do pescoço,
Procurando maior calibre das artérias
E ao mais doce sangue salivando,
Eu somo minhas despesas monetárias,
Às duras penas na tinta escura,
Com um punhal de ouro azul ao saque,
E uma flor de lótus na mente quântica.
Todas as vezes que os campos fotossintetisam,
Dando brecha aos expostos chifres dos unicórnios,
Que ao sangue prateado planejam enviar verde pastagem,
E aos pelos felpudos refletir o sol,
Eu acendo meu cachimbo,
Tragando ao sabor do envenenado espírito do tabaco,
Com uma gaita engatilhada ao próximo blues,
E uma rosa dos ventos nos mapas de pergaminhos lisos.
Meu nome é Van. Não Hellsing,
Mas Vã Filosofia.