Verde... Verde... Verde...




Somos reis hediondos
Nessa vastidão de águas
Invisível esse oceano
Submarinos de grandes pernas desajeitadas
Bêbados caminhantes nesta praia
Nesta noite de peixes coloridos
Meio mar, meio terra.
Somos débeis selvagens
Nesse útero inocente
Nascemos nessa areia
Cada vez que descemos da proa e avançamos
Somos monstros aprendizes
Preservar é preciso!
Recolhemos nossas hóstias sagradas
Os frutos dessa profunda solidão molhada
Colhemos nossos pensamentos cautelosamente
Recolhemos em nossas redes a nossa consciência
Aprendemos que não é difícil
Andar... Comer... Beber e viver nesse novo
Em nossos abismos materiais descobrimos
Que viver assim em harmonia é preciso
E é preciso ser assim
Até o infinito dos nossos dias!!


Ps:Faz parte de Resgatar os meus sentimentos corroídos pelo progresso. Desse meu ser árcade que busca uma vida simples, bucólica, longe do burburinho citadino.