Silênciosos cantares...

Jaz, abruptamente sem medir minha dor,

O predestinado audaz leva-te de mim.

Rudemente sem pressa, sem nenhum pudor!

Agourenta sombra escura fez abrir a terra,

Que até hoje, ainda revolvida assinala.

Tua imagem, que aos meus olhos encerra!

Aponta o volver da tua partida ao fenecer,

Meu olhar cheio de dores e lágrimas, como se...

O morrer explicasse, fosse o simples fato de não viver!

Jazigo-te em meu peito buscando a calma...

Dos meus mais silenciosos cantares

Se for descanso que tu trás pra alma...

E as dores que sinto saudades ao lembrar,

É descanso Oh! Morte... Miserável de mim!

Esse fadário que não posso mais suportar...

Sem ti, não poderei amar, além do teu olhar bonito.

Na campa final, podeis vir bruscamente me arrastar!

Leva-te de mim além dos tempos... Do teu infinito!

Porque já me tirastes, Oh! Morte...

A quem sempre amei em vida por vezes,

Vai para o sepulcro, levar a minha sorte.

Sobeja “Sombra Negra”, nefasta sem igual,

O que eu sempre mais quis, tu roubas de mim.

Faz em festa agora, regozija meu cortejo final!

Suvalar
Enviado por Suvalar em 27/11/2009
Reeditado em 02/12/2009
Código do texto: T1947897