Natureza noturna
A natureza, arrefecida pela manhã,
Com o frescor da brisa campal.
E aquecida pelo sol,
Que ardente circulou e raiou em cada canto teu.
Despede se do dia,
Extraindo para si, o manto negro da noite.
Ah, à noite!
O extremo manto negro,
Supremo! De um horizonte a outro,
Pontilhado e alfinetado pelo infinito,
Um céu turvo, que de quando em quando,
Deixa escapar um de seus verdadeiros cavalos de fogo.
Alinhados cometas, mensageiros do sem fim.
Enfermeira do cansaço,
Rainha, mãe das fadas e dos contos,
Que perambulam pelo sono, de sonhos em sonhos,
Filha serena da quietude,
Dona de um poema, recitado em bocejos.
Ah, à noite!
Palco estimado dos ensaios,
Das fases da lua e da luz dos pirilampos.
...........” Catarino Salvador “.