Chuva de verão...
A chuva mexe com minh’alma,
Deixa-me em estado de melancolia,
Transforma em introspecção o que era alegria,
Agita dentro do peito, o que antes era calma.
Não é sofrer, nem tampouco ficar triste,
É como despertar de um sono induzido,
É ver o que sobrou daquilo que foi corroído,
É como se a chuva lavasse o que na alma insiste.
Não me desagrada, a chuva, antes me fascina,
É o céu jogando vida e morte na mesma trilha
Transformando em verde, transformando em ilha,
Cumprindo com rigor, sua incumbência divina.
E os pingos vão cantando ao ritmo do trovão,
Trazendo uma brisa fresca que toca macio na pele,
Fazendo com que, de novo, o céu azul se revele,
E a natureza agradeça em prece, pela chuva de verão.