delírios lúcidos na escuridão
Um canto lamurioso ressoa no vácuo
de uma presença esquecida
de uma memória forjada
Um grito silencioso da alma cansada
clama pelo olhar mudo
pelo arfar extasiado dos pulmões
que juntos nunca respirarão.
O silêncio chega a ser interno,
injusto, surreal.
Rainha do sempre e do nunca
para sempre e nunca serei.
No reflexo das íris, que,
secretamente esperaram por tanto tempo
os delírios lúcidos na escuridão.
Caminho eterno rumo ao incerto
marcado pelos passos memoráveis
de alguém que já esqueci:
eu.
escrito em 03/09/08