Quando...

Quando ouço esta canção

fico perdida nos meus ‘ses’...

A saudade chega consumindo o meu ser,

fazendo-me recordar os sonhos mirabolantes.

Nas cores abrasadoras que regiam a nossa vida,

vejo o moinho de vento que norteava a nossa sorte,

embalando o nosso destino,

de onde rumávamos para o castelo onde selaríamos

nosso romântico sonho de amor.

Sem o som do mundo que girava lá fora,

a guardiã velaria nossa intimidade e

quando cansados do isolamento,

fugiríamos na carruagem colorida de nossa fantasia.

E já no final da vida,

se o visse curvado sobre o meu leito,

deitando-me carinhos e palavras doces,

induzindo -me ao passado,

resgatando segredos de nosso faz-de-conta,

selaria em meus lábios o néctar verdadeiro,

de um derradeiro beijo.

Somente os amantes possuem

em seus verdes trigos,

a lâmpada mágica do gênio que surpreende,

num esgar,

a vida fugidia...

bette vittorino
Enviado por bette vittorino em 14/07/2006
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