Serenata

Ele era um romântico incorrigível

Dedilhando com mestria

As cordas do velho violão.

Ela era uma dama sob o véu

Acenando com certeza

Promessas de um talvez.

Dentro da noite azul ele cantava

"Abre a janela oh, querida

venha ver o luar cor de prata..."

Mas, contra o peito ela apertava

A velha carta de letras de bordadas

De outro amor

Que muito longe ia...

MARINA ALVES
Enviado por MARINA ALVES em 19/11/2009
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