Como pequenas bolas de sabão…
Olho o céu
Com o olhar que ainda tenho de criança
E deixo-me perder
Na sua vastidão
Regressando ao início de Tudo
Como pequenas bolas de sabão…
Subindo os céus
Ultrapassando as montanhas
Sabendo
Que nunca irei tocar as estrelas
Mas não me importo
Pois dos céus por onde ando
Vejo como são belas
Na inocência
De quem sabe que os sonhos
Podem durar uma noite
Podem durar uma eternidade
Pensamento que ultrapassa
A minha
Aparente fragilidade
Na qual mantenho
A alma impoluta
E é com esse olhar doce
Duma criança
Que desconhece os escolhos de uma vida
Antes de nela começar
Realmente a navegar
Aprecia as pequenas grandes coisas
Que ela tem para dar
Tesouros imensos
Que escapam ao olhar envelhecido
Dos mais velhos
Que se perderam na irrisão dos sonhos
Mas não este Pequeno Príncipe
Que fez da contemplação
E da ternura
A sua forma de estar
Que pode durar mais um minuto
Ou mil anos
Mas francamente
Essa é a última das coisas
Com a qual ele se vai importar…
Como uma pequena bola de sabão…