A PROCURA DO VENTO
Subi ao alto da Serra,
Na busca da brisa ufana,
E lá bem no alto, senti
A voz de quem me chama!.
Uma viagem ao passado..
Um reviver do processo
Um quadro inacabado
Sem término, nem começo!
quis sentir na fraga dura,
entre micas e feldspato,
o quartzo de minh'alma pura
neste corpo em desacato!
Quis entender, porqu'a giesta
floresce, na serra inóspita,
quis descobrir a alva neve,
da candura d'uma hóstia!
Procurando, no vento norte,
na agrura do longo inverno,
descobri, que nesta lonjura
vivo sempre num inferno!!
Falta-me a urze do monte,
os uivos do lobo da Serra,
faltam-me as minhas raizes,
desta arvore que desespera!
Subi ao alto da Serra,
Na busca da brisa ufana,
E lá bem no alto, senti
A voz de quem me chama!.
Uma viagem ao passado..
Um reviver do processo
Um quadro inacabado
Sem término, nem começo!
quis sentir na fraga dura,
entre micas e feldspato,
o quartzo de minh'alma pura
neste corpo em desacato!
Quis entender, porqu'a giesta
floresce, na serra inóspita,
quis descobrir a alva neve,
da candura d'uma hóstia!
Procurando, no vento norte,
na agrura do longo inverno,
descobri, que nesta lonjura
vivo sempre num inferno!!
Falta-me a urze do monte,
os uivos do lobo da Serra,
faltam-me as minhas raizes,
desta arvore que desespera!