remoendo meus passos
Quanto tempo não gastei em coisas inúteis,
Quanto tempo não pensei em coisas banais,
e esse tempo perdido,
me faz falta agora...
Fiquei remoendo meus passos,
cantando sozinho, meus versos,
esperando não sei o quê, acontecer,
Nada é tudo, para quem sonha,
tudo é muito, para quem não ambiciona, nada...
Nos versos de camões, viagens que enfrentei,
nos versos de bandeira, quantas saudades senti...
E nos meus, o que foi que fiz?
me perdi...
Caminhei descalço por caminhos doloridos,
pedras machucavam meus pés, e meu coração...
Nas noites frias e mal dormidas,
quantas músicas cantei, quantas criei...
Saudades de um tempo que não volta mais,
saudades de uma inocência que perdi ao crescer,
saudades de mim, de minha vida...
Tanto tempo, matei o tempo,
nada criei, nada amei,
fiquei seco, esperando o amor chegar,
mas o rio da paixão, que carrego comigo,
nunca foi bem dividido...
Tenho uma amor tão grande,
uma caneta e um papel,
não troco meus sonhos, não troco meus ideais,
mesmo que sofra, mesmo que caia no mais profundos dos lamaçais...
Trago comigo, uma marca de um amor nunca correspondido,
na mesma intensidade, na mesma maneira...
Mulheres que amei, sempre me amaram, mas esses amores, nunca foram iguais ao meu amor...
Amo tanto,
e preciso também,
de um tanto de amor.
Não vou mudar,
meu amor é sempre imenso,
que descrever é tempo perdido,
dei minha vida, para salvar quem não me quis...
Sua doença, curei,
e doente fiquei...
Viva e lembre,
que um dia,
eu te amei...
como mais ninguém amou, ninguém...