JOÃO DE    BARRO
                
No clã, ascendência,
Surge o pássaro maturo,
Prenúncio de procriação,
No enlevo do amor,
Agita o JOÃO DE BARRO.
 
Ele não tem básculo,
Nenhuma ferramenta,
De um arquiteto,
Engenheiro ou projetista,
Instinto divino... apenas dom!
 
JOÃO DE BARRO não é,
Nenhum tangará saltitante,
Tão menos tardio,
Enobrece com trabalho,
O seu lar encantador.
 
A sua cidade,
Chama-se mata,
O bairro:
Um tronco no alto,
Sobrevive no atavio de lindas folhas.
 
Juntando energia,
JOÃO DE BARRO vigilante,
Sem pá, nem enxada...
Estrênuo inicia,
Sua mansão na fidalguia.
 
Pés juntinhos amassa,
O barro umedecido,
Bico, como colher, ele molda,
Sem atraso um alicerce,
Das paredes de sua casa edifica.
 
Prontinho ali está,
O reino de uma arquitetura,
Mesmo com porta não basculante,
Não temendo raios,
Dilúvios... apenas eflúvios...
 
Um clarim anuncia,
Alegres dias no porvir,
Novas chamas... novos filhos,
Embalados na guarida do amor,
JOÃO DE BARRO no seu ninho.
 

                                      

  POESIA
  VERSOS  SEM  RIMAS
  Autor do texto e ilustração-Foto-(Edifício João de Barro): 
  Rodolfo Antonio de Gaspari -Prof.Roangas-     

                                                                                                                                             

                                 
                            
   
 
 
roangas
Enviado por roangas em 24/10/2009
Reeditado em 02/11/2009
Código do texto: T1884868
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