Esperança sem fim
Estrada comprida, de terra batida,
pés de eucalipto, avareza de sombras.
Raros casebres, dão a certeza de solidão.
Ainda assim, velho cansado, na cadeira de balanço, a vida a olhar.
De frente pra ele, um pequeno jardim,
flores singelas, cobertas de poeira, na esperança de chuva.
São moças-velhas, margaridas, onze-horas.
Um muro baixo, separa a varanda do jardim,
e arremedo de cerca, o jardim da estrada.
E ainda assim, velho cansado, a vida a olhar,
na esperança de que, não se sabe o que, um dia chegar......
ALBERTO SOUZA