Esperança sem fim

Estrada comprida, de terra batida,

pés de eucalipto, avareza de sombras.

Raros casebres, dão a certeza de solidão.

Ainda assim, velho cansado, na cadeira de balanço, a vida a olhar.

De frente pra ele, um pequeno jardim,

flores singelas, cobertas de poeira, na esperança de chuva.

São moças-velhas, margaridas, onze-horas.

Um muro baixo, separa a varanda do jardim,

e arremedo de cerca, o jardim da estrada.

E ainda assim, velho cansado, a vida a olhar,

na esperança de que, não se sabe o que, um dia chegar......

ALBERTO SOUZA

Alberto Souza
Enviado por Alberto Souza em 10/10/2009
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