Gritos Apáticos
Quando agente esquece de ouvir
Os gritos de socorro de uma vida
Esquecida ao vento tornando-se
Como era antes e deveria ter sido
Escutada e desejada por quem amasse
Depois de algum tempo há de haver
Uma sensatez esquecida
Nessas nervosas frases repetidas
Faladas para o céu sem ter nem mesmo
Uma resposta que seja para a solidão
Abrir a alma esperando que o sangue jorrasse
Pelo Caminho que nunca mais veria
E sentia-se esquecido pelos sonhos
Não vividos em função de tantos outros desejos
Por amor não reconhecido
Leva-se tempo para aprender que a liberdade
Antes mesmo de pertencer à lua
Era necessária para amar o silêncio
E haver uma maçonaria que consistia
Em privar-se da própria nostalgia
Aí os sonhos vão virando rotina
As vozes já não mais têm força
Os atos vão sendo repetidos um após o outro
Em um ritmo contado a cada dia
Estava brotando a solidão, a apatia