Lampejos da aurora

Lampejos da aurora...

Delícias de um despertar no campo.

Ainda em sonho ouço ao longe os primeiros pássaros.

O som suave das águas do ribeirão.

O galo canta a anunciar o novo dia.

Pelas frestas da janela os primeiros raios de sol são carícias.

Nada de preocupações com o trabalho.

Sem as buzinas costumeiras da cidade grande.

Espreguiço-me faceira e corro a me vestir.

Na cozinha um leite fresco, café quentinho, queijo, bolo e pão caseiro.

Quanta benção, quanta vida, quanto prazer.

O cheiro de mato é refrescante.

Depois do café uma cavalgada, um banho de rio.

No almoço um feijão cheiroso, um arroz soltinho, franco com polenta. Prá que mais?

A sobremesa colhida no pé.

Uma rede prá gente deitar.

A poesia vem sem precisar ser chamada.

A inspiração é companheira sem precisar ser conquistada.

São páginas e páginas escritas, desenhos novos, leves, soltos.

Lampejos da aurora que tanto desejo para mim.

Desde agora, sempre assim.

Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 28/09/2009
Código do texto: T1836738
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