Mãe árvore

     O calor aconchegante do teu regaço
     Desfaz-me os nós... Enebria-me teu fulgor!
    Tuas flores,telúrica energia no cansaço
    Aquietam esta  pulsante dor...

    Eu repouso em tua aragem
    Na harmonia do teu canto,
    Lagos florescem às minhas margens
    E lavam em profundas águas
    Antigas e reticentes mágoas...
    Em meus olhos de esperanças marejados
    Florescem areias irrigadas...
    Minha face dormente e fria
    Despede-se de obscuros sonhos lunares
    Em  novo esplendor e magia...
    E no polén de novos sonhos meu ser consente.
    À tua sombra  reencontro ancestrais raizes
    e repouso apaziguada...