Sob a luz do luar
Minha vida tem me congratulado com todas as
Belezas da natureza que aos meus olhos se mostram.
Eu tenho dado graça por isso todos os dias.
Tenho agradecido, especialmente,
Às belas noites de luar que têm me contemplado
Enquanto faço o caminho de volta para casa.
É um luar inteiro de prata e ele tem o rosto da tranquilidade.
Emana seus raios sobre tudo que é vivo e sente
E dá a cada um deles sua majestade emprestada
Para que sinta aqui na terra a divindade de ser
Luar alto e soberano.
A lua no alto brilha, mas é humilde e singela
E em algumas vezes eu vejo uma pontinha de saudade
Em seu olhar.
Ela parece reclamar de alguma solitude
Que a distância que a separa dos corações enamorados
Aqui na terra possa lhe causar. E ela está sozinha.
Mas sua solidão não a deixa reclusa
A esconder o brilho.
Ela brilha justamente para afastar o vazio da noite negra
Com fantasmas escondidos nos cantos.
Há épocas, porém, que a lua se retira
E fica a se contemplar do outro lado do céu
Onde meu olhar não possa alcançá-la
E questioná-la acerca de uma lágrima de prata
Que do céu cai.
Embora eu tenha pensado tudo isso enquanto
Voltava para casa numa noite de lua cheia,
Ela não me deu atenção,
Apenas ficou alta e clara a me iluminar
E me mostrar como sou pequeno diante do universo.